Entre os muitos problemas de poluição que enfrentamos, uma delas tem efeito global e consequências desconhecidas, e está aumentando dramaticamente. Vendo a imagem acima notamos que o rastro de fumaça deixado pelos aviões parece nuvens. Na verdade, não parece, são nuvens, de um tipo específico, cirrus nimbus, mas acrescida de poluentes. Acontece que com o aumento progressivo do tráfego aéreo, estas nuvens artificiais se somam pois eles duram até várias horas. Alguns cientistas acreditam que este efeito contribui para o aquecimento global. De qualquer forma, trata-se de combustível derivado do petróleo, repleto de hidrocarbonetos tóxicos ao ser humano.
As imagens abaixo são impressionantes e mostram a escala mundial do problema:
Por fim, o vídeo a seguir mostra, em câmera acelerada, o efeito real das nuvens artificiais formadas pelos aviões:
Estudo questiona se rastros de aviões podem afetar o clima
Quando todo o tráfego aéreo nos Estados Unidos foi interrompido após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, os cientistas tiveram uma oportunidade inesperada para testar idéias sobre os efeitos no clima das trilhas de condensação deixadas para trás por turbinas de aviões.
Um estudo em 2002 sugeriu que esses rastros de fumaça podem ter efeito significativo nos padrões diários de temperatura. Mas agora uma nova análise alega que os padrões de temperatura nos EUA durante esses três dias sem vôos podem ser explicados por variações naturais na cobertura de nuvens, e não pela ausência de aviões.
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Obrigado pela visita e pelo comentário. Independente da influência sobre o clima, não há com negar que o rastro de fumaça é, no mínimo, isso: fumaça, e, portanto, poluição.
Os “contrails” têm duas origens: a condensação do vapor de água expelido pelas turbinas e a condensação da humidade do ar pelo abaixamento de pressão atmosférica causada pelos vortex nas extremidades das asas. Esta ‘fumaça’ visível é H2O, nada tem de poluente. E como referido antes, a influência que estas nuvens artificiais têm no clima da Terra, nenhuma.
Mas, como dizia o Pequeno Princípe, “o essencial é invisível aos olhos”. Para além de vapor de água, as turbinas expelem também CO2 (este gás em si não é poluente, antes mesmo essencial e imprescindível à vida vegetal) mas também os óxidos de azoto (nitrogénio NOx), óxidos de enxofre (SO2), hidrocarbonetos e outros que tais. Estes sim, poluentes, nocivos ao Homem. Mas em concentrações astronomicamente mais elevadas daquelas que a aviação tem liberado para a atmosfera.
Creio que começa chegando a altura de nós reflectirmos sobre esta visão ‘homo-cêntrica’ que temos do Universo. Como se a Humanidade tivesse o poder de lutar contra a Natureza. Que pretensiosos nós somos, isto de querer ser Deuses…. ou como nos sentimos culpados de uns terem e outros não.
Isso nos remete ao nosso primeiro post, Iwi Pita:
“Iwi Pita na língua Kaapor significa ‘onde a terra acaba’. Pode ser horizonte. Mas pode ser o fim do mundo. Quando falamos que o homem está destruindo o planeta, estamos sendo arrogantes. Mesmo se explodirmos um milhão de bombas atômicas, daqui a milhões de anos, um piscar na escala do universo, a vida vai estar de volta. Mas sem o homem. Então só estamos destruindo nós mesmos. O mundo vai sobreviver.”
https://cogitamundo.wordpress.com/2008/11/12/iwipita/
Obrigado pela visita e pelo comentário!
abraços
É sempre bom visitar este blog e ler os comentários. As discussões efetivamente enriquecem. Sobre este especificamente, devo concordar com a teoria do ‘homo -centrismo” lançada no último comentário. A destruição das espécies e mudança da biosfera é cíclica, por isso não existem mais dinossauros. É sempre válido questionar o que é ciclo natural e o que efetivamente tem o dedo do homem. Parabéns pelo Post!
É realmente assustador ver como o nosso mundo está se degradando rapidamente com as ações do homem. Essas nuvens devem passar desapercibido por muita gente, eu mesmo estou tomando ciência disso agora. Alguma coisa precisa ser feita para conter isso, como diminuição do número de voos. Já peguei aviões onde vim deitado nas três poltronas por falta de passageiros. Abraços.
Também acho assustador, pela escala planetária do efeito. Recebemos comentários em que se afirma que as nuvens (ou fumaça) dos aviões não é tão nociva. Apesar de respeitar a opinião científica de quem defende isto, acho que é um fenômeno muito recente para já concluirmos não ser perigoso. Além do mais, é um risco que tem aumentado pois é cada vez maior o número de aviões nos céus.
Abraços.