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Posts Tagged ‘assassinato’

Wilheim Reich, no livro “O Assassinato de Cristo”, fala de uma espécie de peste emocional, que ataca a própria capacidade de amar do homem, como uma doença que ataca o sistema imunológico. Esta doença teria causado o assassinato de Cristo, Giordano Bruno, Gandhi, Martin Luther King, e muitos outros. Mas alguns não chegaram a ser mortos, foram exilados, expulsos de suas casas. Atacados moralmente.

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Charles Chaplin, em New York, aos 83 anos

Charles Chaplin foi uma dessas pessoas. Chaplin não tinha medo de ser afetado pela loucura que acometeu sua mãe e sua avó. O que o perturbava era a sensação de não ter sido capaz de contar uma história com a competência e precisão que gostaria. Uma história, provavelmente, que portasse a mensagem que une todos os seus filmes: O amor, a doçura, a afeição. Chaplin era um perfeccionista. Ninguém pode imaginar uma maneira melhor de contar as histórias que ele contou. Nasceu no mesmo ano que Adolf Hitler, com quatro dias de diferença. Sua resposta ao ditador sanguinário foi  “O Grande Ditador”, seu primeiro filme falado. Não era sobre Hitler, e sim sobre o Vagabundo tomando seu lugar. Esta obra foi o pretexto para taxá-lo de comunista, acusação que resultou na sua expulsão do EUA. Só retornou aos 83 anos, vinte anos depois, para receber uma premiação especial do Oscar. Voltou para a Suíça logo depois, onde morreu aos 88 anos. A injustiça do tratamento que ele recebeu do Estado americano, por meio de alguns de seus representantes, é brutal. A sociedade americana foi omissa e não o defendeu. Mas era uma época de caça às bruxas, quem o defendesse seria também perseguido. Muito poucos tiveram coragem de enfrentar esta covarde campanha de perseguição.

Albert Einstein foi outro gênio perseguido nos EUA, vítima da mesma peste emocional. Dois pacifistas que sofreram violentos ataques por defenderem a paz e união dos povos.

Mas Reich profetizou que, enquanto a peste não for exterminada, Cristo continuará sendo assassinado, por meio do assassinato de todos os que praticarem o verdadeiro amor. Ele próprio foi vítima desta peste. Em 1956, Reich foi detido por se recusar a comparecer ao Tribunal para comprovar os efeitos terapêuticos dos acumuladores de orgônio, uma polêmica invenção sua. O sistema foi implacável e recusou todos os recursos judiciais para soltá-lo. Menos de um ano após sua prisão, morreu na cadeia.

Trecho do discurso proferido em O Grande Ditador: “Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.”

O discurso pode ser lido na íntegra aqui.

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