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Posts Tagged ‘partículas fundamentais’

Simulação do Boson Higgs

Simulação do Boson Higgs

Existem teorias, ainda não totalmente comprovadas e consideradas
provisórias, porque violam alguns aspectos da teoria da relatividade, a respeito dos
elementos ainda mais fundamentais que o átomo. Seriam os quarks e os léptons. O nome quark é interessante porque vem de um verso do James Joyce, “Three quarks for Muster Mark” em Finnegans Wake. É uma palavra quase intraduzível, pois literalmente significa
pio de gaivota, mas no contexto dizem que pode ser quarts (quarto), no
caso, de cerveja, dito por um irlandês.  Ficaria, em português, “três quartos (de cerveja) para o senhor Mark”. Para Joyce provavelmente o importante era a rima e o jogo de palavras.
Além dos quatro quarks, existiriam quatro léptons, totalizando oito partículas. O número quatro é amaldiçoado na cultura japonesa. Mas a utilização do número oito (considerado um número de sorte para os chineses) teve clara inspiração budista, as oito dobras:

1. Reto acreditar ou reto entendimento ou reta visão;
2. Reta aspiração;
3. Reto falar;
4. Reta conduta ou reta ação;
5. Reto viver ou reto meio de vida;
6. Reto esforço;
7. Reta atenção plena da mente e,
8. Reta concentração ou meditação.quarks

O nome dos quarks e léptons são bem divertidos: up, down, charmoso,
estranho, múon, tau. Para acabar com a analogia com o budismo, outros
cientistas aumentaram para onze o número de partículas fundamentais, embora, para frustração dos que bolaram esta ideia, como só encontraram inicialmente cinco quarks, ficou assimétrico e impar. Para ficar par e simétrico, teimaram que seriam doze o número das subpartículas, seis quarks e seis léptons. Tanto insistiram, que finalmente acharam o sexto quark, o Top. Bom, se contestarmos a conta de Buda, e desdobrarmos algumas dobras em mais dobras, como aquelas em que se usa o “ou isso ou aquilo”, contamos treze (ops! outro número amaldiçoado). E seriam treze as partículas de força (um fóton, oito glúons, nome nada romântico, vem de cola em inglês, e três bósons fracos). Mas na verdade, não se sabe com certeza quantas subpartículas do átomo existem. São tantos nomes que um cientista chegou a declarar que se ele gostasse de decorar nomes teria sido botânico e não físico. Dá saudade de quando a gente via o átomo como um solzinho rodeado de elétrons como planetas em órbita.

Todas essas partículas podem perder o significado, e serem substituídas pela teoria das cordas vibrantes, do Stephen Hawkings. Esperava-se que o superacelerador de partículas, o LHC, ajudasse a analisar estas hipóteses, validá-las ou descartá-las, inclusive revelando o ainda teórico bóson Higgs, mais uma partícula prevista e ainda não vista, mas o troço quebrou logo na primeira vez que foi usado, ano passado (para alívio de alguns, que acreditavam que, com a experiência, poderia ser criado um buraco negro que engoliria a terra). O mais surpreendente de tudo isso é que primeiro os cientistas foram fazendo contas de como a matéria deveria estar organizada para funcionar matematicamente, por isso que a conta tinha que fechar e se faltava uma partícula não era porque ela não existia, mas porque não tinha sido provada. Aliás, nenhuma dessas partículas é realmente vista, são pequenas demais para isso. Os cientistas vêem pelos efeitos produzidos na colisão do acelerador de partículas, é um visão indireta. Um acelerador de partículas funciona mais ou menos como uma criança que espatifa seu brinquedo jogando na parede, para ver o que tem dentro.
Bom, tudo isso para mostrar que até os cientistas misturam suas idéias com poesia e com o budismo.

Mas o maior mistério de todos ainda nem começou a ser desvendado. 80% do Universo é formado de matéria escura. E do que é feita esta matéria? Ninguém sabe.

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