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Já postamos diversos textos sobre os direitos das crianças. Mas acho que nenhum deles mostra com tanto realismo a opressão sobre elas. Encontrei esta foto por acaso, e não havia muita informação sobre ela. Aparentemente, foi tirada no Paquistão, pois está no site  da Ansar Burney Trust, uma ONG paquistanesa dedicada à defesa dos direitos humanos. A foto, que é de uma apresentação de rua, demonstra desrespeito à Convenção da Onu sobre direitos das crianças.

A propósito, A Somália é um dos dois únicos países do mundo a não ratificar esta Convenção. O outro são os EUA. O Presidente Barack Obama mostrou-se embaraçado por esta situação, durante a campanha, e prometeu que os EUA afinal ratificariam a convenção, quando ele assumisse. Isto ainda não aconteceu.

Só podemos expressar nossa tristeza e revolta ao saber que este tipo de exploração física ainda existe na humanidade.

Uma vencedora

(fonte: Calcinhas na Rede)

Marina Silva tem uma história de vida surpreendente. Aos 16 anos, o tratamento para malária (na verdade ela tinha hepatite) destruiu seu fígado. Desenganada pela primeira vez, reagiu “não morro de jeito nenhum!” Repetiu esta frase em outras três ocasiões, quando as consequências dos tratamentos errados e as doenças verdadeiras, algumas resultado da pobreza da infância, continuaram a assombrá-la. Mas tem vencido sempre. E vem revertendo as adversidades em seu favor. A doença obrigou-a a sair da pequena cidade em busca de tratamento. Durante este, finalmente teve oportunidade de estudar e ser alfabetizada. Recentemente desgastou-se no Governo ao ser atacada por agressores e  defensores da natureza. Saiu do Ministério do Meio Ambiente. Volta à cena ao se desligar do PT e possivelmente ser candidata à Presidência da República. Mereceu a capa de todas as grandes revistas e jornais. Modificou instantaneamente o cenário político que parecia polarizado entre situação e oposição.

marina silvaDo trabalho nos seringais, no meio da floresta, ao trabalho de empregada doméstica, na cidade. Tornou-se aspirante à freira. Depois professora de história. O coração batia forte pela vontade de ajudar os povos da floresta, o que a levou a uma carreira política acelerada, de Deputada Estadual à Senadora. Realmente a vida de Marina Silva é quase inacreditável. Mas tem uma explicação simples: a vontade desta mulher de fazer o seu próprio destino.

Fatos:

gilmar-mendes2Gilmar Mendes, atual Presidente do Supremo Tribunal Federal, é sócio de uma entidade chamada Instituto Brasiliense de Direito Penal – IDP. Tal instituição já foi objeto de diversas matérias jornalística, em razão de contratos públicos celebrados com o Governo Federal sem licitação. O IDP, entre outras atividades, organiza eventos, como o XII Congresso Brasiliense de Direito Constitucional . Um dos principais patrocinadores deste evento é a Souza Cruz, aquela fabricante de cigarros. A constitucionalidade das Leis Estaduais que vem restringindo o uso de cigarros será julgada pelo STF.

Conclusões: deixamos para você concluir.

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Leia também “Fumante morto não paga

090624054009_amazoniaap226foraUm estudo da Organização Mundial do Trabalho (OIT) indica que o trabalho escravo no Brasil se encontra, principalmente, em zonas de desmatamento da Amazônia e áreas rurais com índices altos de violência e conflitos ligados à terra.

Segundo a publicação, apesar dos avanços feitos pelo governo brasileiro nos últimos anos, “a mão-de-obra escrava continua sendo usada no país para desmatar a Amazônia, preparar a terra para a criação do gado e em atividades ligadas a agricultura em áreas rurais”.

Leia mais na reportagem BBC Brasil.

Parece piada, mas encontramos na internet um curso de “jornalismo on line” por R$ 40,00. Claro, não deve ter nada a ver com a decisão do STF (voto do Min. Carlos Ayres Brito) que retrocedeu o jornalismo ao século XIX, quando não havia advogados e sim rábulas .

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Da Agência Estado

O segurança e técnico em eletrônica Januário Alves de Santana, de 39 anos, foi agredido por seguranças do supermercado Carrefour, em Osasco, na Grande São Paulo. Ele foi confundido com ladrões e considerado suspeito de roubar seu próprio carro. O caso foi registrado no 5º Distrito Policial da cidade.

Nos próximos dias, seu advogado, Dojival Vieira, vai ajuizar uma ação de indenização por danos morais contra o supermercado e o Estado. “Esse caso é emblemático e precisa ser punido com vigor para que outras situações de discriminação racial não venham a ocorrer.” Santana é negro. O Carrefour afirmou que acompanha a investigação policial.

Segundo o cliente, enquanto a família fazia compras, na noite do dia 7, ele esperava no carro com a filha de 2 anos. O alarme de uma moto disparou e ele viu dois homens correndo. O dono da moto chegou em seguida. Santana desceu do carro e achou que os bandidos tinham voltado. Um desses homens sacou uma arma e Santana correu. No chão, chegaram a lutar até que um terceiro homem, que se identificou como segurança da loja, retirou a arma e pisou na cabeça de Santana. Segundo ele, cinco homens, que não vestiam uniformes, o levaram até um quartinho onde o espancaram.

“Eles falaram que eu ia roubar o EcoSport e a moto. Quando disse que o carro era meu, batiam mais.” Quando três policiais militares chegaram ao local, Santana explicou que seus documentos estavam no carro. “Eles riam e diziam: ‘Sua cara não nega. Você deve ter pelo menos três passagens pela polícia’.” De tanto insistir, foram até o automóvel, onde sua família o esperava. Após conferir a documentação, os policiais foram embora. “Já passei outros constrangimentos com esse carro. Acho que vou vender”, diz ele.  As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comentário Cogitamundo:

Esse é apenas um exemplo das humilhações que os negros ainda sofrem no nosso país. Claro, a maioria não acaba no Jornal Nacional, ninguém repara. Só a vítima. Um processo que se repete tantas vezes que a vítima nem tem mais consciência. Vai minando sua autoconfiança, sua autoestima, até prendê-lo ao que se considera seu lugar.  A mensagem, no episódio violento, é evidente, “negro não é bem vindo em um hipermercado, principalmente se for no seu próprio carro”. Essa mensagem é repetida de muitas formas, algumas com violência física, outras com violência simbólica.

Mas quando se fala em cotas nas universidades e empresas, os brancos reagem: Não há racismo no Brasil. Não. De jeito nenhum. O brasileiro não é racista. Não é Januário?

pomba ameaçada

“Pacifistas são tão ingênuos, quanto belicistas são insanos.”

Existiram objetos semelhantes a xícaras, ou seja, tigelas com alças, na Grécia de dois mil anos atrás. Também haviam objetos parecidos com canecas feitos por povos pré-colombianos. Mas, quando o chá começou a ser popularizado na Europa, principalmente na Inglaterra, vindo do oriente, vieram junto as porcelanas chinesas e japonesas. Assim, o chá, inicialmente, era tomado em tigelas (bowl em inglês, bol em francês), da mesma forma que faziam os orientais.

Wedgwood cup 2As primeiras imitações das tigelas orientais feitas na Europa surgiram em Rouen (cidade onde Jeanne D’Arc foi queimada, na França) e, depois, na Alemanha, e não tinham alças. Mas o chá era servido na Europa bem mais quente que na China. Acontece que o arquiteto inglês Robert Adam, em 1750, preocupado e incomodado com as pessoas queimando os dedos, sugeriu ao seu amigo, o ceramista Josiah Wedgwood, a colocação de alças nas tigelas. Estava criada a xícara de chá como a conhecemos. A firma Wedgwood & Sons, fundada em 1759, prosperou e ainda fabrica peças de porcelana (ou faiança, um tipo inferior de cerâmica, mas mais resistente que a porcelana). Robert Adam foi o arquiteto responsável pelo projeto da fábrica de Wedgwood. Algumas peças de Wedgwood, do século XVIII, estão expostas no MOMA, Museu de Arte Moderna de New York. Posteriormente, a louça inglesa, e principalmente a xícara, virou um símbolo da Era Vitoriana pois mostrava a excelência da indústria deste país, mas que explorava sem piedade o trabalho infantil (ver Child labour in Britain, 1750-1870, de Peter Kirby). Ironicamente, a Wedgwood & Sons enfrentou uma crise financeira em 2008 e foi obrigada a transferir parte da sua produção para a… Ásia!

bolMas na frança, que esteve em guerra com a Inglaterra justamente na época da criação da xícara com alças, a chamada guerra dos 7 anos, continou sendo usada a tigela (bol). E até hoje é muito comum, e tradicional, na França, tomar chá e café, pela manhã, nestas tigelas (bols). Provavelmente houve uma resistência ao produto identificado com os ingleses, uma anglofobia. Os franceses preferiram continuar queimando os dedos, ou tomando o líquido mais frio, do que se render a um costume inglês. Existem outros costumes que revelam esta anglofobia, e também a francofobia, do lado inglês. Por exemplo, o sentido da circulação dos carros, na Inglaterra é do lado esquerdo da pista, o que se chama de mão inglesa, em oposição à mão francesa, do lado direito. Outro exemplo é a expressão “saída à francesa” (take french leave), que foi criada pelos ingleses. E a simétrica expressão “saída à inglesa” (filer à l’anglaise), surgida no mesmo período, na França. No Brasil, a expressão “sair à francesa”, sair desapercebidamente, é mais popular que a versão “sair à inglesa”.

Imagem abolicionista: "Eu não sou um homem e um irmão?"

Imagem abolicionista: "Eu não sou um homem e um irmão?"

Uma curiosidade é que Charles Darwin era neto de Wedgwood. Outra curiosidade é que Wedgwood foi um ativista da abolição da escravatura (Darwin não precisava se envergonhar do avô). É fato que, se os franceses queimaram mais os dedos que os ingleses, sujaram menos as mãos com o trabalho escravo e o trabalho infantil, pois no fim do século XVIII já discutiam os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade. A Inglaterra, por outro lado, ainda dominava o mercado mundial de escravos. E, como se sabe, o Brasil era um dos principais consumidores deste abominável “produto”.  Porém, no início do século XIX, a Inglaterra mudou de idéia, proibiu este comércio e começou a pressionar o Brasil para que fizesse o mesmo. Assim, foi firmado, em 1810, o “Tratado de Comércio” com a Inglaterra. Por força do tratado, produtos ingleses sofriam uma taxa menor de importação que os de outros países. O Brasil não comprava mais escravos da inglaterra. Ficou folclórica a compra de patins de gelo ingleses, dentro deste acordo. O Brasil também comprou muita louça inglesa. Inclusive xícaras, adotadas por aqui sem nenhum problema. Mas a Côrte luso-brasileira achava chic mesmo os produtos franceses, principalmente roupas. Aliás, chic é uma palavra francesa, provalmente surgida com o sentido de elegante no fim do século XVIII. Será que, quando a família real portuguesa foi transferida para o Brasil, alguém teria afirmado que eles não estavam fugindo, mas saindo à francesa, o que seria mais chic? Curiosamente, esta vinda da Côrte Portuguesa tem como pano de fundo os conflitos entre  a França e a Inglaterra.

Também poderíamos falar do garfo, uma novidade provalmente surgida na Itália, e que demorou séculos para ser adotada no resto da Europa. Antes dele, usava-se duas facas para comer, o que obviamente não era prático. Mas ingleses e franceses achavam esnobe demais usar o garfo, embora os franceses tenham resistido mais dois séculos que os ingleses, antes de adotar este talher, que então só tinha dois dentes. Bom, fica para outro post.

Eudy Simelane

Eudy Simelane

O julgamento de três homens acusados de estuprar e matar uma jogadora de futebol sul-africana começa nesta quarta-feira.

A jogadora Eudy Simelane jogava na seleção da África do Sul. Ela era uma das lésbicas mais famosas da África do Sul.

O corpo de Simelane foi encontrado em abril do ano passado em um fosso próximo à sua casa. Ela foi estuprada por vários homens, espancada e esfaqueada 20 vezes no rosto, nas pernas e no peito.

Em fevereiro, um homem declarou-se culpado pelo assassinato. Outros três negaram as acusações e agora estão sendo julgados em Delmas Mpumalanga, uma pequena cidade próxima a Johanesburgo.

Ativistas em favor dos direitos de gays reuniram-se em frente ao tribunal nesta quarta-feira. Eles afirmam que Simelane foi alvo do ataque justamente por causa de sua orientação sexual.

continua…

Comentário Cogitamundo: A violência sempre é condenável. Mas o motivo pelo qual esta jovem mulher foi assassinada é especialmente deplorável. Nossa solidariedade aos amigos e familiares de Eudy Simelane, e a todo(a)s que sofreram violência semelhante.

resistenciaAgnès Humbert teve a chance de fugir para o sul da França, antes que Paris fosse invadida pelos nazistas. Também poderia continuar com seu trabalho de bibliotecária, apenas observando a colonização de seu país. Mas ela sentiu que enlouqueceria se não fizesse alguma coisa para reagir. Em Paris, ela reuniu-se a uma dúzia de companheiros com a mesma sensação. O plano era simples, uma pequena organização com o objetivo apenas de trocar notícias, redigir e distribuir panfletos. Mas parte do grupo pagaria com a própria vida a reação. Eles sabiam que isto poderia acontecer mas não recuaram.

Agnés Humbert sobreviveu à escravidão. Foram anos de sofrimento em que ela lutou para manter a sanidade e um mínimo de dignidade. No livro “Resistência” ela relata os anos em que passou por esta provação.

A pergunta que me faço é como reagiríamos na situação vivida por Agnès. Será que teríamos sua força e coragem? A força e a coragem de uma mulher que não escolheu estar em guerra, mas escolheu defender a sua pátria.

”As mulheres sempre perdem a guerra. Não a querem, mas a perdem. Perdem quando estão no caminho dos exércitos e se tornam botim. Perdem quando batalham em silêncio nas cidades esvaziadas dos seus homens, para manter sólida a retaguarda e conservar a ordem do país. Perdem quando recebem os seus homens num caixão ou quando eles voltam com o equilíbrio despedaçado. Perdem quando se apaixonam pelo inimigo e quando o inimigo se apaixona por elas.”

Trecho do prefácio de Marina Colsasanti

anão nazistaCausou polêmica no mundo todo o caso do anão de jardim, na Alemanha, que faz a saudação nazista. O autor da escultura quase foi processado, por que na Alemanha é proibida a divulgação de qualquer símbolo nazista. As autoridades desistiram do processo, preferindo acreditar, como diz o artista, que o anão ridiculariza uma suposta raça superior.

Mas a promotoria fez uma advertência: anões de jardim tem o potencial de cometer abusos, e o próximo, artístico ou não, não passa.

(veja a notícia na BBC ou no G1)

O uso da ironia, comum em crônicas, é sempre um risco.  Luís Fernando Veríssimo fala sobre isso em entrevista à revista Língua:

“Existe alguma técnica para escrever com ironia?”

É curioso. Os brasileiros estão acostumados com a ironia, nada mais comum do que duas pessoas que se amam se agredirem ironicamente, ou as pessoas dizerem o contrario do que realmente pensam, mas coloque-se isso num texto e o comum é as pessoas não entenderem. Esta é a maior ironia de todas. Se há uma técnica para escrever com ironia? Não, é só ser irônico, brasileiramente.”

Quando, em 2002, LFV escreveu uma crônica sobre o então recém eleito presidente Lula, muita gente não entendeu a ironia. Alguns atacaram o que consideraram preconceito do cronista, outras pessoas chegaram a concordar com a manifestação preconceituosa (obviamente irônica). Na ocasião, o cronista desabafou, com ironia:

“Quando o leitor não entende o que o jornalista escreveu, a culpa é sempre do jornalista. Peço desculpa a quem não entendeu a intenção da coluna. O alvo era o preconceito social implícito na reação desmedida ao fato do Lula ter tomado um bom vinho. Talvez tenha faltado o aviso ‘Atenção: ironia’. De qualquer jeito, culpa minha.”

Três culturas e a (quase) mesma violência contra as mulheres:

Alcorão (cultura islâmica)

“24ª SURATA

2 Quanto à adúltera e ao adúltero (aqui a regra vale para ambos os sexos), vergastai-os com cem vergastadas, cada um; que a vossa compaixão não vos demova de cumprir a lei de Deus, se realmente credes em Deus e no Dia do Juízo Final. Que uma parte dos fiéis testemunhe o castigo.”

Velho Testamento (cultura judaico-cristã)

“Levítico 21

7 Não tomarão mulher prostituta ou desonrada, nem tomarão mulher repudiada de seu marido; pois santo é a seu Deus.

9 E quando a filha de um sacerdote começar a prostituir-se, profana a seu pai; com fogo será queimada.”

Manusrti – Código de Manu (cultura hindu)

“Art. 368 – Se uma mulher, orgulhosa de sua família e de suas qualidades, é infiel ao seu esposo, que o rei a faça devorar por cães em um lugar bastante frequentado.”

Mas em relação ao homem que for a razão da infidelidade, a pena não é de morte:

“Art. 349 – que o rei bane, depois de havê-los punidos com mutilações infamantes, aqueles que se aprazem em seduzir as mulheres dos outros.”

Não queremos favorecer nenhuma religião, mas é até irônico ver que no Alcorão a maioria absoluta das regras de comportamento vale igualmente para homens e mulheres. Uma das exceções é o uso de véu.

Até há poucos anos atrás, muitos homens que assassinaram suas mulheres por adultério foram absolvidos sob a alegação de “legítima defesa da honra”, apesar disso não estar em nenhuma lei. O adultério (de homens e mulheres) era criminalizado, mas deixou de ser em 2005.

A tese de “legítima defesa da honra” foi criada pelo advogado Evandro Lins e Silva, no julgamento de Doca Street pelo assassinato de Ângela Diniz. Recentemente o assassino escreveu um livro em que pede perdão à Ângela Diniz. O trecho em que o assassino conta sua versão pode ser lida aqui. A versão de Ângela nunca poderá ser contada, a não ser pelos diversos tiros que ela recebeu em seu corpo, aos 32 anos. O fato de alguém lucrar com as memórias de um crime que cometeu, ainda mais um assassinato, sempre causa repulsa.

O advogado Evandro Lins e Silva, na defesa de seu cliente, vasculhou o passado de Ângela e a classificou em termos como ” prostituta da Babilônia” e “vênus lasciva”.

No livro, o próprio assassino lembra uma frase dita por Carlos Drummond de Andrade: “Aquela moça continua sendo assassinada todos os dias e de diferentes maneiras”.